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Linha do Tempo Cadeira n° 39

Atualizado: 24 de nov.


Linha do Tempo da Cedeira n° 39 com a fundadora Pompília Lopes dos Santos e Lygia Lopes dos Santos

Patrona

Foto de Pompília Lopes dos Santos

Pompília Lopes dos Santos (1900 - 1993) nasceu em Curitiba-PR, professora diplomada pela Escola Normal de Curitiba, exerceu o magistério como professora primária em várias cidades do Estado do Paraná: Guarapuava, Antonina, Paranaguá e Curitiba e na cidade de Rio Pardo-RS. No curso secundário, lecionou Francês e História da Literatura Francesa. Casada com o professor e escritor Dario Nogueira dos Santos, foi biógrafa, romancista, poetisa, contista, conferencista e crítica de arte.  Sempre envolta em livros, durante os 17 anos que residiu em Paranaguá,  gostava de ler na praia, enquanto seus filhos brincavam no mar. Professora em três turnos, era atenta às necessidades das classes mais pobres, mostrando serenidade e meiguice. Foi atuante no cenário cultural de Curitiba, fundadora do Clube Soroptimista em Curitiba, Sala do Poeta, atualmente Academia Paranaense da Poesia, e da Academia Feminina de Letras do Paraná. Presidiu o Centro Paranaense Feminino de Cultura e na Academia Feminina de Letras do Paraná, tornou-se Presidente Honorária, atuando entre os anos de 1970 a 1980. Seus empreendimentos frente à cultura renderam o ingresso na Academia Paranaense de Letras, ocupando a Cadeira n° 37, sucedendo seu marido, sendo a primeira mulher a ingressar, abrindo o caminho para outras escritoras. Mãe de seis filhos, criados entre livros, personalidades estudiosas e histórias fantasiosas, perpetuou o gosto pelas artes literárias em suas descendentes:  as  filhas Liamir Santos Hauer, ocupante da Cadeira n° 16 na Academia Feminina de Letras do Paraná, e  Lygia Lopes dos Santos, ocupante da Cadeira n° 39; e também, sua neta Leilah Santiago Bufrem, ocupante da Cadeira n° 36 na Academia Feminina de Letras do Paraná. Recebeu em 1986, da Assembleia Legislativa o título de ‘Cidadã Benemérita do Paraná’ e a ‘Medalha de Ouro’ do Centro de Letras do Paraná. 


O Álbum


Esboços... sombras… linhas imprecisas...

passam por nossa vida.

Um só traço indelével

acentua a impressão mais forte,

a emoção decisiva.


Traçou-o do Destino o buril.

Fê-lo com tal precisão 

que jamais o poderíamos imitar.


E se tentássemos fazê-lo, 

o plágio seria pequenino


Disse um Poeta (A. G.)

"Deixa em branco esse livro gentil.

Uma só das memórias da vida,

vale a pena guardar entre mil."


Deixemos, pois, em branco o álbum:

Nem colorido, nem idioma

encontraríamos para competir

com o Gênio consagrado.

Assinatura Pompília Lopes dos Santos




Publicações:

  • Literatura Infantil, 1944.

  • Afinidade - romance, 1949. 

  • Alegorias - poesia, 1953.

  • Rachel Prado,1953.

  • Página de Saudade, 1955.

  • A Fila Triste -romance sobre presidiários, 1956. 

  • Origens - romance histórico, 1961 (1º prêmio em concurso do Centro de Letras do Paraná) 

  • Caminhada – memórias, 1974.

  • Abismo, 1985.

  • Sesquicentenário da Poesia no Paraná, 1985.




1979 - 1° Ocupante

Fotografia Lygia Lopes dos Santos

Lygia Lopes dos Santos (1934 - 2018) nasceu em Paranaguá-PR, é filha de Pompília Lopes dos Santos, fundadora da Academia Feminina de Letras do Paraná, e Dario Nogueira dos Santos, professor e escritor. Fez licenciatura em Letras-Inglês e Pós-Graduação em Teoria da Literatura na Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR). Atuando na educação, fundou e dirigiu a Escola Branca de Neve em Vitória-ES direcionada à Educação Infantil; atuou como professora em várias instituições de ensino, incluindo o Instituto de Educação em Curitiba; trabalhou na Fundação Cultural de Curitiba por 28 anos, ocupando cargos de coordenação e chefia; fundou  em 1982 e coordenou durante cinco anos, a Livraria Dario Vellozo; à disposição da Universidade Federal do Paraná, lotada na Editora Scientia et Labor, criou a Livraria da Universidade Federal do Paraná, em 1988. Em 1978 veio à luz seu livro de contos ‘Dança do Caos’, com apreciações de Helena Kolody e Denise Guimarães e prefácio de Valfrido Pilotto. Sobre o livro Vera Vargas, ocupante da Cadeira n° 16, assim se manifesta: “Lygia é poeta de profundidade, cronista inteligente e atual, mas acima de tudo Lygia é contista. Seu livro Dança do Caos nos surpreende com uma série de concepções diferentes, que transcendem as fronteiras do real e do humano.” E a própria Lygia revela: “Os contos foram inspirados em pesadelos que eu tive, e também de reflexões e inspirações das noites de insônia.”  Como escritora, fez várias publicações em revistas, livros e jornais. Atuante na cultura, foi membro do Centro Paranaense Feminino de Cultura, ocupando a diretoria em 1975; do Centro de Letras do Paraná; da Academia Paranaense da Poesia, ocupante da Cadeira n° 7 cujo patrono é Dario Nogueira dos Santos, seu pai. Na Academia Feminina de Letras do Paraná, foi Presidente de 2004 até 2017 e, em 2018, recebeu, da então Presidente Zuleima Magaldi, o título de ‘Presidente Emérita’. Seu envolvimento com a cultura foi reconhecido pela Câmara Municipal de Curitiba, recebendo em 2006,  a ‘Medalha de Mérito Fernando Amaro’. Lygia apresentava um caráter meigo, controlado e tranquilo, gostava de cultivar violetas africanas, organizar roupas e armários, e era uma excelente nadadora. Mãe de quatros filhas. Quando assumiu a presidência da Academia Feminina de Letras do Paraná, reorganizou o material, fez pesquisas para complementar dados, digitou todas as atas desde o início de sua história em 1970, e elaborou a apresentação histórica:


“A Academia Feminina de Letras do Paraná foi criada nos moldes da Academia Brasileira de Letras, com 40 cadeiras. Idealizou-a o acadêmico Dr. Raul Rodrigues Gomes, estimulado pelo poeta Dr. Vasco Taborda, na época Presidente da Academia Paranaense de Letras, com o apoio do Dr. Oswaldo Pilotto e Dr. Barreto Coutinho. 

Dr. Raul R. Gomes apresentou sua ideia à professora Pompília Lopes dos Santos, solicitando-lhe que tomasse a iniciativa do projeto. Após longo período de estudo, foi fundada a Academia Feminina de Letras do Paraná em 25 de novembro de 1970. Pompília Lopes dos Santos foi aclamada sua primeira presidente. Foram escolhidas as quarenta patronas, escritoras do passado, que honraram a literatura paranaense. 

A reunião oficial da fundação realizou-se em 27 de maio de 1971. A notícia foi publicada em artigo da Revista da Academia nº I. A Academia foi reconhecida de Utilidade Pública pela lei municipal nº 4853 de 08 de maio de 1974, e pela lei estadual nº 6678 de 13 de junho de 1975. 

Durante os quatro primeiros anos, a Academia, sob a direção de Pompília, já demonstrou grande projeção, realizando lançamentos de livros em Brasília, no Rio de Janeiro e em Porto Alegre. Divulgando a nossa Academia, Pompília fez conferências no Rio de Janeiro, no Centro Paranaense Feminino de Cultura, no Instituto Lafayette, no P.E.N. Clube do Brasil e outros locais. Exerceu o cargo por dez anos.

É objetivo da Academia Feminina de Letras do Paraná  o culto e o estudo da língua nacional em seus múltiplos aspectos: científico, histórico, literário e artístico, através de conferências, palestras, cursos, seminários, livros, jornais e revistas.

A Academia Feminina de Letras do Paraná, como entidade, visa a valorização e perpetuação do nome de mulheres escritoras e poetisas do Paraná.”


Assinatura de Lygia Lopes dos Santos




Atuante nas instituições culturais, sua relação com Deus foi destacada por Paulo Walbach em 2008: “Lygia parece ter uma forte ligação com Deus. Está sempre transformando, nascendo, morrendo e renascendo, com equilíbrio interior e senso de justiça, generosidade e sabedoria. Tem a propriedade de tranquilizar o seu próprio emocional, para não se alterar com pequenas coisas e facilidade em dar a volta por cima, sem cicatrizes ou dor.”




Fonte:

1- Acervo histórico da Academia Feminina de Letras do Paraná.

2- Antologia ‘Um século de poesia: poetisas do Paraná’, Centro Paranaense Feminino de Cultura, 1959.

3- Antologia ‘Sesquicentenário da Poesia Paranaense’ - Pompília Lopes dos Santos, 1985, patronesse na Cadeira n° 39 na AFLPR.

4- Oito Décadas - Centro Paranaense Feminino de Cultura, 2018.

5- Entre vistas & memórias - Liamir Santos Hauer e Lygia Lopes do Santos, 2018 escrito por Leilah Santiago Bufrem, ocupante da Cadeira n° 36 na AFLPR.


Post elaborado por Tereza Karam, ocupante da Cadeira n° 28 e Diretora de Comunicação na Gestão 2024 - 2026.



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