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Linha do Tempo Cadeira n° 38


arte com a linha do tempo da Cadeira n° 38 com a patronesse Saza Lattes e as ocupantes Eleonora Amaram de Ângelis e Lídia Dora Fanzzini Ferraro

Saza Lattes (1893 - 1951) Maria da Luz Espíndola, chamada desde sua infância de Saza, nasceu em Curitiba-PR,  filha do médico João Evangelista Espíndola; estudou no Colégio Americano conquistando o 1° lugar, tornando-se poliglota, fluente em alemão, inglês, francês, italiano e espanhol. Estudou piano e trabalhou com muito entusiasmo para a fundação da  ‘Sociedade Cultural e Artística Brasílio Itiberê’ (SCABI); qualificada como “madrinha” e “mãe” dos artistas, adorava música e sua casa estava aberta para estudo ao piano e hospedagem de artistas. Caridosa, às expensas do marido Primo Lattes - italiano, muito rico e caridoso - fundou o 1° Posto de Proteção à Maternidade e à Infância, ‘Posto Saza Lattes’  anexo à Igreja do Divino Espírito Santo na rua Mateus Leme. Faleceu tragicamente, vítima de atropelamento.


Dona Saza Lattes 

(Margarida Lopes de Almeida - 11/11/1951)



Tragicamente desapareceu

quem convosco lidava dia a dia.

Bendita seja pelo que vos deu

em bondade, em trabalho, em alegria!


Bendita, pelo bem que recebeu

todo aquele que dela o merecia;

pelo que, perdulária, ofereceu

em esmolas de fé e poesia!


Quem o caminho alheio aroma e junca

de perfumes e rosas de toucar,

é eleita dos céus, não morre nunca!


Ela era toda amor, dedicação;

e assim, para todo o sempre, há de ficar

viva, imortal, em vosso coração!


1972 - 1° Ocupante

Desenho de Eleonora de Ângeles por José Demeterco

Eleonora do Amaral de Ângelis, professora (1905 - 1994)  nasceu em Guarapuava-PR, fez sua formação em Ponta Grossa-PR pela Escola Normal, Escola de Professores e licenciou-se em Línguas Neolatinas, pela Faculdade de Filosofia. Foi Diretora do Grupo Escolar ‘Prof. Julio Teodorico’. É sobrinha de Maria Cândida de Jesus Camargo,  patronesse da Cadeira n° 3 na AFLPR; irmã do poeta Otávio do Amaral Camargo, de quem recuperou seus sonetos, e prima de Mary Camargo, 1° ocupante da Cadeira n° 3 na AFLPR . Poetisa, pertenceu ao Centro de Letras do Paraná e Centro Paranaense  Feminino de Cultura. Mãe de duas filhas.


Saza Lattes


Quem luzes de esperanças acendeu

noutros caminhos e a arte incentivou,

quem sua vida inteira consagrou

a outras vidas, e para outros viveu.


Viverá sempre! no bem que exerceu,

no afeto que aos amigos dedicou.

Em obras, Saza Lattes perpetuou

o seu nome! portanto, não morreu.


Não se extinguem jamais da caridade

as luzes! os seus raios refulgentes

irradiam eterna claridade!


Saza Lattes foi nobre nos seus feitos,

deixou na terra traços resplendentes

de espíritos que são do céu eleitos!


Assinatura de Eleonora Amaral de Ângelis




Publicações:

  • Cristais Sonoros, 1972

  • Antologia ‘Um Século de Poesia’, 1959.



1998 - 2° Ocupante 

Fotografia de Lídia Fazzini Ferraro em sua posse na AFLPR com pelerine azul royal e brocado dourado

Lídia Dora Fazzini Ferraro (1931 - 2020) nasceu em Posadas, Província de Missiones na Argentina e cresceu na cidade de Guaíra no Paraná, naturalizando-se brasileira em 1986. Atuou como Agente Administrativo na Assembleia Legislativa do Paraná; foi a primeira mulher técnica de som na radiofonia paranaense, discotecária e atriz de radioteatro, autora de scripts para o programa feminino ‘A Caminho do Coração’ da Rádio Emissora Paranaense. Poetisa e contista, foi autora e produtora de peças infantis em teatro de boneco, transmitidas pela TV Paranaense Canal 12 e exibidas ao vivo, ao ar livre, para crianças da periferia urbana. Membro da Associação de Jornalistas e Escritoras do Brasil (AJEB-PR) escreveu crônicas semanais no ‘Jornal Folha de São José’ entre 1973 e 1979; detentora de premiação em 1972, em Buenos Aires, com o conto em castelhano ‘Mundo Colorido’; classificada com o conto ‘O Náufrago’, em 1991, publicado no livro ‘Assim Escrevem os Funcionários Públicos’. Pertenceu à associação cultural ‘União Cívica Feminina do Paraná’ e foi membro correspondente da Academia  Pirajaense de Letras Rio de Janeiro. Sua atuação na sociedade incluiu a fundação de uma creche para crianças, filhas de empregadas domésticas, em 1976 organizando uma empresa de “Baby Sister”, contando com a colaboração de estudantes da ‘Casa da Estudante Universitária’; atuou na rua tirando meninas de 12 a 18 anos da prostituição, recolhendo 526 jovens e apenas 13 voltaram às rua; também trabalhou no MOBRAL, sendo distinguida e apresentada no ‘Programa Fantástico’ da Rede Globo de Televisão como alfabetizadora padrão; trabalhou no CVV Samaritanos, voluntária no atendimento por telefone dando apoio com escuta ativa à pessoas desesperadas; em 1984 iniciou um movimento de limpeza e restauração de escolas, chegando a 84 unidades; voluntária em hospitais. Mãe de dois filhos.


HUMILDADE ORGULHOSA


Disse a nuvem à montanha:

Por que não esmagas

Aquele mísero formigueiro

A teus pés?

O que te impede 

De desabar

Sobre ele?

Tu podes fazê-lo!

Solene,

A montanha respondeu:

Violência, brutalidade

E prepotência, 

Não combinam

Com a minha grandeza!


Assinatura de Lídia Dora Fazzini Ferraro



Publicações:

  • Coisas e Loisas - poemas, 1993.

  • Antologia ‘Livro da Ajebiana’ - Ceará, 1979.

  • Antologia ‘Ajebianas no Voo da Palavra’ -  Belém do Pará, 1993.



Fonte:

1 - Acervo histórico da Academia Feminina de Letras do Paraná.

2 - Antologia ‘Um século de poesia: poetisas do Paraná’ - Centro Paranaense Feminino de Cultura, 1959.

3 - Pioneiras do Brasil - Maria Nicolas, 1977, ocupante da Cadeira n° 24 na AFLPR. 

4- Antologia ‘Sesquicentenário da Poesia Paranaense’ - Pompília Lopes dos Santos, 1985, patronesse na Cadeira n° 39 na AFLPR.

5 - Antologia ‘Ajebianas no Voo da Palavra’ - Belém do Pará, 1993.



Post elaborado por Tereza Karam, ocupante da Cadeira n° 28 e Diretora de Comunicação na Gestão 2024 - 2026.


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