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Linha do Tempo Cadeira n° 37

Foto do escritor: academiafemininadeletraspracademiafemininadeletraspr

Atualizado: 24 de nov. de 2024


Linha do Tempo Cadeira n° 37 com a patronesse Joanina De Ferrante Bandeira e as ocupantes Maria do Carmo Amaral e Silva e Laís Miranda Cardoso

Patrona

fotografia de Joanina De Ferrante Bandeira

Joanina De Ferrante Bandeira e Silva (1888 - 1947) nascida em Diamante (província de Cosenza, Calábria, na Itália) onde residiu até a adolescência, vindo para o Brasil com seus pais. Irmã do escritor Salvador de Ferrante, tornou-se esposa do ilustre escritor Euclides Bandeira, um dos fundadores do Centro de Letras do Paraná. Como escritora, assinava com o pseudônimo ‘Janny’ e assim fala Maria do Carmo Amaral e Silva, sobre sua patronesse: “Em suas peças literárias notam-se, nitidamente, um coração romântico, sedento de espaço infinito, procurando alçar voo a essas insondáveis paragens e isso, quer em suas crônicas, - envoltas em róseas nuvens de beleza, - quer em seus contos, nos quais se notam um talento mais mente, mais certeza, mais segurança!”. Mãe de um filho.


CREPÚSCULO


“Cousa alguma podemos comparar à emoção doce e melancólica que sentimos, ao assistir o despedir do dia. Elevando nosso pensamento ao Azul, sentimos a alma invadida por essa nostalgia das cousas que não existem…

É nessa hora, de grande solenidade que a natureza se apresenta em plena majestade de suas grandezas. Nessa hora, em que tudo parece curvar-se, em respeitosa saudação ao Sol.”


Publicações:

  • O quarto da morte - conto

  • Crepúsculo crônica - Revista ‘Senhorita’, 1911.

  • Contemplação - crônica - Revista ‘Senhorita’, 1911.

  • As Despedidas

  • Tarde Triste - artigo - Jornal ‘O Dia’, 1925.

  • Ao correr da Pena




1972 - 1° Ocupante

Maria do Carmo Amaral e Silva (1916 - 1983) nasceu em Ponta Grossa-PR, iniciou seus estudos em Castro-PR concluindo em 1934, em Curitiba-PR, a Escola Normal Secundária e posteriormente, o curso de inglês no Centro Inter-americano. Como escritora colaborou durante 2 anos com a imprensa sob o pseudônimo ‘Dora Lindsay’ com os jornais ‘O Dia’ e ‘Jornal o Estado do Paraná’. Seu nome foi incluído na ‘Galeria de Honra dos Poetas Paranaenses’ e no ‘Dicionário Bibliográfico do Paraná’. Foi membro de várias entidades culturais como o Centro de Letras do Paraná e o Centro Paranaense Feminino de Cultura. Mãe de três filhos.






MEU MUNDO

Este meu cantinho solitário

onde, por fim, o destino me deixou

é um estojo singelo, é um sacrário

onde cultivo só o que é bom e belo

e a sombra do passado não tisnou.


Há violetas florindo nas janelas

samambaias esparsas pela sala,

peças queridas, jarras amarelas,

quadros sorrindo, enquanto a rede embala.


Há paz e música encantando o ar

e lá fora, só o sol me alcança.

Neste cantinho que o mundo ignora,

não há ninguém para pisar o meu carinho

ninguém para matar minha esperança.

Assinatura de Maria do Carmo Amaral e Silva






Publicações:

  • Entre a Terra e o Céu - romance premiado, 1952.

  • O Homem do Rio - romance

  • Retratos d’Alma - poesia, 1956.




1984 - 2° Ocupante

Fotografia de Laís Miranda com pelerine azul royal e brocado dourado

Laís Miranda (1930 - 2022) jornalista e compositora musical, nasceu na cidade do Rio de Janeiro-RJ, completando seus estudos no Instituto Lafayette. Fez especializações pelo Ministério da Educação: Noções de Psicologia - Diagnóstico através do Desenho; Relações Públicas; Técnica de Liderança e Chefia. Em 1948, compondo um grupo de mulheres jornalistas, incluindo Lygia Fagundes Telles, fundou a primeira revista brasileira exclusivamente feminina, ‘Mulher Magazine,’ onde manteve uma coluna sobre mulheres célebres. De 1948 a 1950, colaborou em programas literários nas rádios Globo e Guanabara.

Em 1970, mudou-se para Curitiba-PR, onde possuía raízes familiares, dedicando-se às letras paranaenses, fazendo parte da União Brasileira de Trovadores (UBT); Sala do Poeta, atualmente Academia Paranaense da Poesia; Centro de Letras do Paraná. Mãe de três filhos.


SÚPLICA


Não me sorrias com teu sorriso manso,

nem me olhes com teus olhos de gazela

para que não venhas a morar no meu coração.


Estava escrito nos astros que um dia,

muitas luas, após a primeira vez

eu ter aberto meus olhos para o mundo,

tu cruzarias pelo meu caminho.


Minha fraqueza te apraz

e meu coração está cheio de temor.

Se eu vier a te amar,

efêmero será o meu prazer

e sem limites a minha inquietação.


Não me sorrias com teu sorriso manso,

nem me olhes com teus olhos de gazela

para que não venha a sofrer meu coração.



Publicações:

  • Se eu te perdesse amanhã - poesias, 1981.

  • Vamos nos encontrar na primavera - poesias, 1984.

  • Do prelúdio ao crepúsculo - poesias,1984.

  • Caminhos do tempo - memórias, 1992.

  • Simplesmente Crônicas


Composições musicais:

  • Gota de orvalho

  • Alegria

  • Hino a Getúlio Vargas, em parceria com o maestro Walter Schultz



Fonte:

1- Acervo histórico da Academia Feminina de Letras do Paraná.

2- Antologia ‘Sesquicentenário da Poesia Paranaense’ - Pompília Lopes dos Santos, 1985, patronesse na Cadeira n° 39 na AFLPR.


Post elaborado por Tereza Karam, ocupante da Cadeira n° 28 e Diretora de Comunicação na Gestão 2024 - 2026.



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