
Patrona

Maria Falce de Macedo (1897- 1972) nasceu em Curitiba-PR, vinda de família abastada sem necessidade de trabalhar, optou por engajar-se no processo histórico de formação infantil, tornando-se professora primária e diretora no 1° Jardim de Infância do Brasil ‘Emília Erichsen’ em Castro-PR. Sua ousadia continuou em 1914, ingressando na Universidade do Paraná, a 1° Universidade do Brasil, tornando-se a 1° mulher Doutora em Medicina, atirando-se avidamente aos estudos de fisiologia experimental e química biológica. Em 1921 casou-se com o colega de turma da medicina, José Pereira de Macedo, e juntos montaram laboratório de pesquisas médicas, para assistência de pessoas com baixo poder aquisitivo. Tornou-se a 1° mulher no ensino superior, cátedra no Paraná e no Brasil; a 1° Doutora em Farmácia do Paraná; Fundou e exerceu o cargo de Chefe de Laboratório de Pesquisas Clínicas, da Santa Casa de Misericórdia de Curitiba. Em 1961 recebeu o 1° Diploma de Sócia Honorária do Clube Soroptimista de Curitiba, e as palavras de Leonor Castelano assim a descrevem: “Para julgar sua personalidade constitucional devemos partir destas três primícias: humildade, modéstia, bondade. Um tripé de virtudes, sustentado por uma inteligência e uma alma, que receberam do Onipotente a alegria de ensinar, a felicidade de viver, a missão de trabalhar.” Mãe de um filho e sem dúvida, uma mulher pioneira!
Publicações:
‘Em torno de um caso de ascaridíase hepática’ - tese de doutorado, 1919.
‘Sobre um caso de Elefantíase Nostra’ - Paraná Médico, 1919.
‘Da possibilidade de Retenção Absoluta do Cloreto de Sódio’, 1920.
‘Variação do Teor de Uréia do Sangue, conforme o modo de colheita’ - tese de concurso, 1928.
‘Função ciânica’, 1928.
1° Ocupante - 1982

Leilah Santiago Bufrem, nasceu em Curitiba-PR e é filha de Liamir Santos Hauer, ocupante da Cadeira n° 16. Bibliotecária, professora universitária, é graduada e licenciada em Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR); graduada em Biblioteconomia e Documentação pela Universidade Federal do Paraná (UFPR); Mestre em Educação pela Universidade Federal do Paraná (UFPR); Doutora em Ciências da Comunicação pela Universidade de São Paulo (USP); Pós-doutora pela Universidad Autónoma de Madrid (UAM); com Especialização em Ação Cultural pela Universidade de São Paulo (USP); Especialização em Cultura Portuguesa pela Universidade de Lisboa; Especialização em Métodos e Técnicas de Ensino pela Universidade Federal do Paraná (UFPR); Especialização em Teoria do Conhecimento pela Universidade Federal do Paraná (UFPR). Professora Titular aposentada do Curso de Gestão da Informação da Universidade Federal do Paraná; Professora visitante no Programa de Pós-graduação em Ciência da Informação na Universidade Federal da Paraíba; Professora Permanente na qualidade de Professora Visitante Sênior no Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação da Universidade Federal de Pernambuco e permanente no Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal do Paraná; Membro de Conselhos Assessores de periódicos científicos; Coordenadora do Grupo de Pesquisa Educação, Pesquisa e Produção Científica; pesquisadora do Grupo de Pesquisa Cultura, práticas escolares e educação histórica, do Grupo de Estudos métricos da Informação e do grupo SCIENTIA. Atuando principalmente nos temas: ciência da informação, manuais didáticos, metodologia científica, educação e pesquisa em ciência da informação. Presidiu a Comissão Editorial responsável pela criação da Editora da Universidade Federal do Paraná, da qual foi a primeira diretora; idealizou, projetou, implantou e coordenou a Base de Dados Referenciais de Artigos de Periódicos em Ciência da Informação (Brapci). Orientou 25 teses de doutorado; 38 dissertações de mestrado; tem publicado 19 livros; 83 capítulos em livros; 173 artigos em periódicos científicos nacionais e internacionais; 207 comunicações em anais de congressos nacionais e internacionais. Mãe de dois filhos.
Trecho da crônica ‘Deve haver alguma coisa nos livros’
Todas as nossas reflexões compunham um mundo de imagens iluminado pelas chamas de um fogo indestrutível, de força e impacto incomensuráveis, como diria Heráclito, ao conceber o mesmo mundo para todos os seres. Nenhum deus, nenhum homem o teriam criado. Foi, seria e continuaria sendo sempre o fogo, o elemento eternamente vivo, segundo o filósofo, inspirador dos primeiros alquimistas, exploradores da união do material e do imaterial por meio do fogo. Considerado elemento purificador e partícipe do espírito dos homens, o fogo permeou nosso diálogo, graças ao seu poder e à riqueza da sua simbologia.
…
Queimados os livros, o próximo passo da barbárie talvez fosse queimar os próprios homens para apagar de vez a memória dos livros. O romance mostra ao final a visão de um grupo de pessoas ao redor de uma fogueira. Retorna-se ao poder do fogo, dessa vez vital para a sobrevivência. Retorna-se ao perpétuo fluxo heraclitiano, ao devir constante do fogo, ativo, com inteligência e responsável por qualquer mudança.

Publicações:
Situações da adolescência, 1970.
“Naquele tempo…” - conto, 1971.
A atualidade de Platão, 1972.
Aspectos Científicos e Tecnológicos da Economia Brasileira, 1972.
“Não…”, 1973.
Os Lusíadas, Fator de Integração Luso-Brasileira, 1977.
Rumo Paranaense. Curitiba: Gráfica Vicentina, 1979.
Barreiras ao fluxo da informação registrada, 1988.
Catálogo coletivo de dicionários da língua portuguesa em bibliotecas de Curitiba, 1993.
Catálogo coletivo de obras de referência em educação, 1995.
Catálogo coletivo de fontes bibliográficas especializadas do Sistema de Bibliotecas da UFPR, 1998.
Perfil, 2000.
Pesquisa em informação: reflexões sobre o método. Curitiba, 2000.
Editoras universitárias no Brasil: uma crítica para a reformulação da prática, 2001.
Revista Educar - Dossiê Saberes e práticas escolares em contextos contemporâneos, 2002.
Saberes e práticas no ensino superior, 2008.
Desafios para a superação das desigualdades sociais: o papel dos manuais didáticos e das mídias educativas, 2013.
Leituras. Escola do Campo e Textos - Propostas e Práticas, 2016.
Entre vistas & Memórias: Liamir Santos Hauer e Lygia Lopes dos Santos, 2018.
Comunicação do conhecimento científico, 2019.
A dinâmica da pesquisa em Ciência da Informação, 2020.
Fontes:
1- Acervo histórico da Academia Feminina de Letras do Paraná.
2- Profa. Maria Falce de Macedo: uma admirável mulher - Centro Paranaense Feminino de Cultura Volume XIII.
3- Currículo Lattes: Leilah Santiago Bufrem
Post elaborado por Tereza Karam, ocupante da Cadeira n° 28 e Diretora de Comunicação na Gestão 2024 - 2026.
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