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Linha do Tempo Cadeira n° 17

Atualizado: 26 de jun.


Arte da linha do Tempo com o nome da patornesse Maria do Carmo de Moraes Martins e data de posse de Maria de Lourdes Chamusco da Silva Gomes e Valéria Borges da Silveira

Patronesse


Maria do Carmo de Moraes Martins,  uma das primeiras professoras primárias do Paraná, foi promovida a mestre em 1841 e exerceu o magistério durante 30 anos. Uma descrição das suas atividades encontra-se no livro ‘Goiobang’ alusivo às origens e à formação do Paraná,escrito pelo seu neto Oscar martins Gomes, na instalação da Província em 19 de dezembro de 1853: ‘As crianças das escolas, guiadas pela professora Maria do Carmo, bem arrumadas e ensaiadas, em fila no largo da Matriz, entoam o hino do professor Brandão: ‘Raiou, oh! Pátria querida, o dia da separação: É Provìncia Curitiba, por vontade da Nação”. Faleceu em 1872 e em 1973 em lei da Câmara Municipal, estabeleceu-se uma via pública no bairro Jardim Virgínia com o nome ‘Professora Maria do Carmo’ e em 1977 o prefeito Dr. Saul Raiz nomeou a Unidade Escolar da Vila Sandra, no Campo Comprido, de nome ‘Professora Maria do Carmo Martins’.



1978 - 1° Ocupante

Desenho de Maria de Lourdes Chamusco da Silva Gomes

Maria de Lourdes Chamusco da Silva Gomes (1931-2007) nasceu em Curitiba-PR, enteada do advogado, político e escritor Elias Karam. Cursou o primário no Colégio N. S. de Sion, de Curitiba;  o Ginásio no Colégio Sion de São Paulo e Cultura Geral na Faculdade ‘Sedes Sapientiae’, de São Paulo. Escreveu em jornais e revistas e no período de 1961 a 1974  crônica dominical, intitulada ‘Fatos da Vida’, no jornal Gazeta do Povo, de Curitiba. Pertenceu ao Centro de Letras do Paraná e participou da primeira diretoria da Associação de Jornalistas e Escritoras do Brasil (AJEB); foi agraciada com uma ‘Placa de Prata’, pelo Hospital César Pernetta em 1954, e pelo Instituto Londrinense de Educação para Excepcionais, em 1962; foi ‘Mulher Padrão' do Clube Soroptimista Internacional de Curitiba em 1979; Vice-presidente da APAE de Curitiba em 1962; representante do Paraná no primeiro encontro nacional das APAEs no Rio de Janeiro, em 1963. Ouvimos de algumas mães integrantes da APAE: "Maria de Lourdes Gomes tem sido uma orientadora competente e espontânea para nós que temos filhos deficientes”. “Aconselha e ajuda. Pratica a verdadeira fraternidade. A seu lado sentimo-nos mais fortes." Mãe de dois filhos, sendo a filha Síndrome de Down. 


CANÇÃO DO TRABALHO


Na manhã clara e luminosa

como uma promessa de vida nova.

Eu escutei a canção do trabalho

ambição, cansaço

compulsão e alegria…

Entoada pelo esforço

dos que deixam

para a prosperidade

nas pegadas do progresso

a consciência de sua utilidade.


assinatura de Maria de Lourdes Chamusco da Silva Gomes



Publicações:


  • Minha filha e meu filho, 1961.

  • Frases, emoções e poesias, 1962. 

  • Vácuo - poesias, 1963.

  • Flor do Mar

  • Só os corajosos enfrentam a verdade - crônicas e poemas, 1966. 



2009 - 2° Ocupante

Foto de Valéria Borges da Silveira de pelerine azul royal e brocado dourado

Valeria Borges da Silveira, nasceu em Curitiba-PR, 15 de fevereiro de 1968.  É técnica em Desenho Artístico e Publicitário (Instituto Monitor); Prática e Técnica de Escritório (OPET) e Gestão do Luxo (Instituto Superior de Administração e Economia da FGV – Institut Superieur Du Commerce de Paris - França). É formada em Administração com Habilitação em Comércio Exterior; Pós-Graduada em Direito e Gestão Empresarial; Gestão, Orientação e Supervisão Escolar; Gestão  Cultural; Gestão de Eventos; Gestão em Projetos Turísticos e Credenciamento em Jornalismo. Com larga experiência nas áreas educacional e cultural, vem atuando principalmente na Lapa-PR: Conselho Municipal de Educação; Instituto Histórico e Cultural; Secretaria Municipal de Cultura. Pela relevância de suas atividades, recebeu homenagens em várias cidades paranaenses. Escritora e poetisa, integra várias entidades literárias no Estado do Paraná, como Academia de Letras e Artes de Pato Branco; Centro de Letras do Paraná; Centro Paranaense Feminino de Cultura; Academia de Cultura de Curitiba; Academia Feminina de Letras do Paraná e na Academia Paranaense da Poesia, ocupa a cadeira n° 21. Também é membro da ALPAS – Academia Internacional de Ciências, Letras e Artes do RS. Recebeu diversos títulos e homenagens, ressaltando ‘Mulher 2000’; ‘Moção de Aplauso’ pela Instalação da Academia de Letras e Artes de Pato Branco, da Câmara Municipal de pato Branco em 2001; ‘Diploma de Louvor - Jovens Empreendedores’ e ‘Expoente da Grande Curitiba - Destaque Profissional', da Câmara Municipal de Curitiba; ‘Troféu Estrela’ BPW - Associação Mulheres de Negócios e profissionais de Curitiba. Coordenadora de Políticas Públicas da Gestão de Livro, Leitura e Literatura na Biblioteca Pública do Paraná, desde 2023; Proprietária e Diretora da ‘Santa Bárbara Produções’ com reconhecimento pelo relevante apoio e colaboração nos ‘15 anos de História do Grupo Teatral Mistura Lapeana’ e por estar na organização do Festival de Cinema da Lapa, desde a 1° edição ocorrida em 2005 (em 2024 ocorrerá a 15° Edição). Mãe de uma filha.


Assim sou, apenas só


A dúvida pára em mim.

Só em Deus vive a esperança dos que 

amam?

A alma nasce para a vida,

Procura a vida.

Estou só. Sozinha com minhas plantas, 

Minhas orquídeas, Minhas aráceas...

Decorei meu mundo

Com folhas secas caídas dos antúrios em flor.

Sou energia, força viva,

Em plena elaboração,

Que eu cuido com água, luz e amor.

ou... sou uma composição

de vida e de força estática,

intacta, pendente no ar.

Canto, leio, sonho e escrevo.

Trago comigo muitas saudades,

Sentimentos, esperanças...

Sou ímpeto aquariano de linhas e de luz.

Vi o crepúsculo das tardes de verão

Como que ensanguentando o poente

Num milagre de realização.

E assim sou,

Não materialmente, não visivelmente,

Não fisicamente, não loucamente,

No tempo e no espaço,

Apenas só.


assinatura de Valéria Borges da Silveira








Publicações:


  • Rastos - poesias, com versão em Braille, 2000.

  • Lapa, tropas e tropeiros: caminhos da história - bilíngue,  em coautoria com a mãe, Maria Inês Borges da Silveira, 2006.

  • Tantos eus - poesias, 2007.

  • Reticências - poesias, 2014.

  • Lapa em Prosa e Verso – 2014 (organização).

  • Lapa: histórias que vi, vivi e ouvi I- 2015 (organização).

  • Cada conto um ponto, 2016 (organização).

  • Fatos e causos pitorescos I, 2017 (organização).

  • Monsenhor Henrique Falarz – 2018 (organização).

  • Sabores: costumes e histórias da Lapa I e II, 2018 e 2020 (organização).

  • Lapa: histórias que vi, vivi e ouvi II- 2019 (organização).

  • Penso assim..., Crônicas - 2019.

  • Lapa Memória e Histórias – organização e coautoria com Rosemery da Silveira Bianchini, 2020

  • Participação em mais de 80 coletâneas e mais de 30 Antologias em vários Estados do Brasil e também na Suiça, Portugal, Espanha, Alemanha e Argentina.


Fonte:

1- Acervo histórico da Academia Feminina de Letras do Paraná.

2- Vultos Paranaenses -  Maria Nicolas, 1977 ocupante da Cadeira n° 24 na AFLPR. 

3- Antologia ‘Sesquicentenário da poesia paranaense’, Pompília Lopes dos Santos, 1985 patronesse da Cadeira n° 39. 

4- Frases, emoções e poesias, 1962.

5- Rastos - poesias, 2000.

6 - Coletânea Academia Paranaense da Poesia, 2012.

7- Oito Décadas - Centro Paranaense Feminino de Cultura, 2018.



Post elaborado por Tereza Karam, ocupante da Cadeira n° 28 e Diretora de Comunicação na Gestão 2024 - 2026.


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2 Comments


Silvana Schuindt
Silvana Schuindt
Jun 25

Tereza, poderia confirmar a filiação da Maria de Lurdes Chamusco da Silva e qual a relação dela com a patronesse, há algum parentesco? Ver divergência de filiação em: https://casapino.com.br/viver-bem/cotidiano-de-antigamente/as-lutas-de-dona-maria-de-lourdes-chamusco-gomes/

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academiafemininadeletraspr
academiafemininadeletraspr
Jun 26
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Ela é minha prima e foi criada por Elias Karam, filha do primeiro casamento com Jovina . Corrigi, substituindo filha por enteada. Seus meio-irmãos, filhos do Elias, se referem como irmã. Grata pela matéria enviada!

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